POR QUE FALAR DE ÉTICA DOS EMPREGADOS?

Há uns meses atrás escrevi uma breve reflexão sobre ética com enfoque à ética praticada pelas organizações quando do desligamento de seus empregados.

Hoje quero refletir sobre a ética dos empregados quando da cessação do contrato de trabalho motivada por eles, especialmente quando um gerente ou supervisor é surpreendido com o pedido de demissão do empregado de forma irrevogável, não desejando cumprir o aviso prévio arcando com o custo das verbas rescisórias, para sair da empresa no dia seguinte, quando não, naquele momento. Há casos em que não há tempo de “passar o serviço”, preparar um outro profissional, informar integrantes da equipe ou do grupo de trabalho cujos projetos o empregado esteja envolvido. Não há tempo para nada e o supervisor terá que ver como dar continuidade ao trabalho do empregado que está se desligando. Isto causa uma grandes desestruturação no departamento comprometendo prazos de entrega, custos, imagem da empresa, etc.. Empregados bons com excelente desempenho e com um futuro promissor na empresa se desligam da empresa sem revelar o motivo que os levaram a tal decisão. Para um bom gerente ou supervisor fica um vazio que precisaria ser esclarecido Não houve nenhum sinal por parte do empregado de que as suas expectativas não estavam sendo atendidas ou que vinha se sentindo frustrado no trabalho, ou até que estava tudo indo bem até que recebeu uma proposta irrecusável de uma outra empresa.

Muitos motivos podem ser elencados que culminaram com o pedido de demissão deste empregado e motivos muitas vezes bem fundamentados. Então nos restam algumas perguntas importantes: Por que o empregado não deu sinais de que não estava satisfeito com a empresa? Por que não falou com mais antecedência sobre sua saída para deixar alguém preparado para dar continuidade ao seu trabalho? Será que recebeu uma outra proposta irrecusável que exigia um prazo mínimo para assumir no outro emprego?

Todavia, independente de qual motivo este empregado possa apresentar, deixar a empresa que trabalha numa situação como esta, precisa ter uma explicação plausível, principalmente se o histórico profissional e de relacionamento entre eles sempre foi bom.

Acredito que todo empregado deve evitar este tipo de saída tempestiva da empresa. Deve se preparar com antecedência para apresentar uma razão pela qual está se desligando e negociar um tempo para poder passar o trabalho para um substituto.

Desta forma, o empregado sairá pela porta de entrada, deixará uma boa imagem como profissional não só na empresa mas também no mercado de trabalho.

Edmar Gualberto