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Empresas também tem ALMA

  • Foto do escritor: Alba Soares
    Alba Soares
  • 20 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

Por Alba Soares


Organizações que possuem consciência desse fenômeno corporativo prezam pela inovação e vivenciam a prosperidade compartilhada.

Em ambientes cada vez mais competitivos e globalizados, as pessoas são o grande, senão o principal diferencial das organizações que representam ícones de alta performance, qualidade de produtos e resultados positivos.


Aqueles que constroem empresas com selo de excelência sabem que o principal “gargalo” no crescimento de qualquer organização, não são necessariamente os mercados , a tecnologia, a concorrência ou os produtos. Esse gargalo a que me refiro e que está acima de todos são as pessoas. São elas os agentes capazes de conduzirem as mudanças necessárias para alavancar os resultados almejados.


A ampla compreensão do ser humano é o fator que nos ajuda a reconhecer a verdadeira dimensão das corporações, pois estas também são organismos vivos, formando a tríade metafórica corpo/alma/espírito. A compreensão dessa visão é fundamental para que as empresas possam criar um ambiente propício a que os indivíduos sejam felizes e, por consequência, possam desempenhar suas funções com alegria e satisfação, o que resulta em aumento de produtividade e valor agregado.


Longevidade

As empresas competentes que possuem consciência de sua “alma” expressam seus valores existenciais e conseguem projetar positivamente sua imagem pública. Vou mais além: as empresas com alma podem tornar-se imortais. Para tanto, necessitam de colaboradores devidamente desenvolvidos e que conheçam e pratiquem sua missão, visão e valores. A longevidade é proporcional ao modelo de gestão utilizado para sua constituição, manutenção e consolidação no mercado e na comunidade.


Empresas com alma prezam pela inovação e pela absoluta transparência e integridade, respeitando as iniciativas individuais bem como incentivando continuamente o crescimento de seus colaboradores, sempre pautadas em princípios éticos e morais.


Defino esse fenômeno corporativo como a prosperidade compartilhada. Essas pessoas têm como valor intrínseco resolver os problemas dos clientes com transparência e profissionalismo em tudo o que fazem. Tal postura serve de modelo local e internacional no seu segmento, além de referência no que tange as iniciativas e modus-operandi.


A empresa referência será tão grande, desafiadora e excelente para se trabalhar quanto maior for a visão de quem estiver planejando e desenhando suas estratégias, tomando o cuidado para que a operacionalização dos planos e metas aconteça sempre priorizando a otimização dos processos com foco nas pessoas, de forma humana e politicamente correta.


É por meio das pessoas que tudo acontece. Sem as pessoas não haverá empresas de sucesso. Uma vez comprometidas, essas pessoas (colaboradores, parceiros, seja lá qual for a nomenclatura que se dê) buscam sempre entregar produtos e serviços da mais alta qualidade e, ao mesmo tempo, alcançar prazer naquilo que realizam, com alegria, desenvoltura e criatividade, o que se reflete nos resultados atingidos.


Diversidade

Em geral as pessoas que trabalham com paixão e amor no trabalho, tendo o lucro financeiro e social como medida de boa performance, são capazes de desempenhar seu papel com a devida confiança e autoestima.


Empresas com alma são aquelas que possibilitam e oferecem oportunidades para que os colaboradores possam se realizar na sua plenitude, praticando o seu conhecimento, conforme suas competências – aprimorando-as espontaneamente quando necessário.


Empresas com alma enxergam a diversidade humana como uma vantagem competitiva e altamente saudável. Nesse sentido, o grande desafio da liderança eficaz é criar um ambiente interno que valorize a cooperação, o respeito e a confiança mutua, aliados ao autocontrole individual e um ambiente em que prevaleça o equilíbrio e o diálogo. Isso leva naturalmente à rota da prosperidade sustentável.


Concluo o artigo com uma parábola do filósofo hindu Tagore: “Certa vez um viajante ao margear um rio, deparou-se com várias cachoeiras e uma gruta, que pacientemente, a natureza criara. Ali encontrou a segunda placa onde estava escrito: “Não foi o martelo que deixou perfeitas essas pedras, mas sim a água, com sua doçura, dança e canção. Onde a dureza só fez destruir, a suavidade conseguiu esculpir ”.


Artigo publicado originalmente em 2008, na Gazeta do Povo, coluna Informe ABRH-PR, pela fundadora da Zeal Mentors Alba Soares, então Vice-Presidente da ABRH-PR Gestão 2007 /2009.

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